Friday, September 19, 2014

Adoração: um projeto pessoal ou uma pessoa no projeto?






Gênesis 4:1-16

Adoração – Revelação – Resposta

Podemos entender que adoração traz revelação e a revelação traz resposta. Em Isaías 6:1-8, Deus se revela para Isaías: “… eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono…” (v.1), e logo o profeta responde: “… ai de mim!” (v.5). Depois ainda respondeu: “… eis-me aqui, envia-me a mim.” (v.8). Podemos entender que a adoração começa em Deus e volta para Deus!

Individualismo

A adoração de Caim era individualista e visava apenas seus projetos pessoais e não o projeto de Deus. O projeto de Deus sempre vai envolver pessoas, pois Ele deseja salvar o mundo.

Vivemos numa sociedade individualista, pois esta é a marca da nossa época. Todos buscam seus próprios interesses. Mas se é sociedade, como pode ser individualista? A sociedade que vivemos diz: “o que você faz é problema seu!”, “não estou ligando para suas escolhas”, “a maneira como você se porta não me diz respeito”, “Deus deu a vida a todos para cada um cuidar da sua”, “seus problemas e necessidades não me dizem respeito” etc.

Nenhum homem é uma “ilha”. Ninguém consegue viver sozinho, precisamos uns dos outros e, como diz a Bíblia, “o cordão de três dobras não se rompe facilmente” (Eclesiastes 4:12). Juntos, somos mais fortes!

Vejamos alguns tipos de adoração que encontramos no livro de Gênesis, capítulo 4:

1 – Adoração individualista e autoadoração (v.3-5).

É egoísta, sem amor e generosidade. É só “uma”, não é o “tudo”. Caim não foi elogiado, recompensado e tampouco reconhecido, por isso se rebelou (v.4 e 5). O “deus” dele era ele mesmo! A oferta de Caim foi “qualquer coisa”, o que sobrou; mas a de Abel foi o melhor, foram as primícias do seu rebanho.

Temos entregado ao Senhor “uma” oferta, ou temos nos entregado (tudo) como oferta? Vamos ao culto para oferecermos a nossa adoração ou para recebermos apenas as bênçãos de Deus?

2 – A adoração individualista tem competição, homicídio implícito e falta quebrantamento (v.6-8).

Caim estava irado, com raiva e inveja. Deus o confrontou, mas mesmo assim ele decidiu matar seu irmão e não teve uma atitude de quebrantamento e arrependimento.

O espírito de competição vem do reino das trevas, pois no reino de Deus o espírito é de amor e cooperação! Temos “matado” pessoas com nossas atitudes ou palavras? A língua afiada é pior que uma arma de fogo, pois uma arma atinge o corpo, mas a língua afiada destrói a alma. Parece que temos lido o Salmo 131 de maneira inversa e logo declaramos: “Senhor, é soberbo o meu coração, e altivo o meu olhar; ando a procura de grandes coisas, de coisas maravilhosas demais para mim. Não faço calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada que não se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é minha alma para comigo. Não espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre”.

3 – A adoração individualista é cínica e hipócrita (v.9).

O cínico é o indiferente, o que se preocupa consigo mesmo e com seus interesses, e o hipócrita é o que diz “sou eu o guardador do meu irmão?”, “a vida espiritual dos outros não é de minha responsabilidade”, “estou bem espiritualmente, com relação aos outros não sei como estão e nem quero saber; o importante é garantir a minha salvação”. Isso é soberba e orgulho. Deus resiste aos soberbos! (1 Pedro 5:5).

4 – A adoração individualista leva ao isolamento e à alienação (v.10-16).

Caim sai da presença de Deus e vai para uma peregrinação solitária. Node significa peregrinação, exílio. Era uma região ao leste do Éden. O solitário sai da presença de Deus e vive só. Muitos estão sós! “O solitário busca seus próprios interesses e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Provérbios 18:1). Quem anda sozinho é egoísta e busca seus próprios interesses.

Reflexão

A minha vida/adoração é marcada por posturas de inclusão? A nossa adoração agrega ou divide? Há muito individualismo em nossos cultos.

Nossas músicas, pregações e dinâmicas de reuniões têm servido para encher o nosso “eu” ou para abençoar as pessoas?

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois com tais sacrifícios Deus se compraz.” Hebreus 13:15-16

Deus abençoe!


Ronaldo Bezerra.

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